2 Love Story

Olá pessoas, há duas semanas o tema das minhas aulas de inglês foram sobre o Amor, ah o amor. Sentimento tão lindo e maravilhoso. E tínhamos três atividades: Escrever uma carta (não fiz), crítica de um filme (não fiz) e uma história de amor (fiz).
Como eu gosto muito de escrever, pensei em começar a criar pequenas histórias de assuntos diversos e publicar aqui, um amigo me incentivou então vou começar por minha Love Story.
Desde já aviso que não é tão bonita quanto histórias devem ser, é triste e sombria como os romances que gosto de ler. Ah, não dei um nome a ela, poderiam me ajudar nos comentários citando nomes que aparentem com ela. Também estava sem criatividade pra por um nome na cidade, resolvi copiar Mystic Falls (cidade fictícia de The Vampire Diaries que fica na Virginia)
Então vamos lá.

"Existem coisas inexplicáveis e inevitáveis na nossa vida, estratégias do destino que nos fazem cruzar com pessoas que tem o dom de nos prender para sempre.
E assim aconteceu comigo, quando o vi pela primeira vez senti uma mistura de medo e necessidade de entregar minha vida nas mãos de um completo estranho.
Esteve frio e quieto por muito tempo e daquela forma era difícil acreditar em algo bom, algo reconfortante. A poucos meses um massacre havia tirado toda nossa esperança, um adolescente atormentado matou 23 colegas de escola. Uma terrível tragédia, tudo piora quando se mora numa cidade pequena como Mystic Falls. Todas as vítimas de conheciam, eram amigos, meus amigos e é isso que mais machuca.


No verão anterior tudo parecia normal e estava. Novas escolhas, novas amizades, novas direções. Meu último ano na escola e eu estava louca para sair de casa e da cidade, não suportava a ideia de continuar ali. Foi então que o vi.

Olhos negros e profundos como um abismo sem fim, sorriso doce e gentil, ele não era daqui, não podia ser. Pensei em falar com ele mas nos últimos tempos eu havia me tornado uma pessoa amargurada, sem motivos como uma tempestade que precede um arco-íris, e estava blindada por medo e insegurança.

Então ouvi sua voz rouca e suave, era o som que eu poderia ouvir eternamente, e naquele momento eu soube que o caminho que eu iria trilhar não tinha volta.
Nossas conversas eram encantadoras e a cada história que me contava me ganhava mais. Todo o meu dia girava em torno dele e o que me fazia acordar cada manhã era saber que o veria novamente.

No começo meus amigos acharam estranho, eu parecia estar hipnotizada e embora eu realmente estivesse, os convenci que aquilo me fazia bem.
Começamos a sair juntos, sempre,  e eu me perguntava “Que mal pode ter nisso?” Ele era engraçado, inteligente, desafiador. O tipo de mistério que eu estava disposta a desvendar, necessitava.

Eu percebi que ele tinha alguns problemas, mas quem não tem? E cada qualidade dele superava qualquer imperfeição que pudesse existir.
Numa noite de terça-feira quando estávamos no jardim lhe contei meus segredos, seus olhos fixados em mim só transmitiam confiança, tipo de sentimento mais difícil de conquistar. E ele o fez.
Dois meses se passaram e eu o conhecia como ninguém, eu era o seu refúgio e ele o meu, mas confesso que às vezes seus tormentos me aterrorizavam. Eu queria ajuda-lo e iria fazer o possível por ele, afinal ele havia se tornado o meu mundo.
Meus pais me proibiram de vê-lo e embora aquilo fosse o que eu mais odiaria, fui forçada a ir. Ligava para Daniel todas as noites, sentia que ele precisava de mim, estava tão perdido e eu não podia fazer nada.
Isso me corrói.

Foi então na tarde do dia 17 que meu telefone tocou, era uma miga minha, Claire, que apavorada pedia ajuda. Eu não consegui entender até que ouvi alguns disparos e enfim o silêncio.
Descobri o que aconteceu quando voltei à cidade a noite, estava escuro e frio assim como o meu coração. Era minha culpa? Acreditava que não.

Um adolescente atormentado assassinou 23 colegas de escola e se matou. Minha amiga Claire que me ligara mais cedo estava morta, meus primos também... Daniel também.
Senti como se o meu mundo tivesse sido roubado de mim, doía, sangrava cada morte dentro de mim, e naquela noite eu morri 24 vezes.

Pela manhã do dia seguinte finalmente dormi, sonhei com ele e perguntei o que aconteceu, a única coisa que ouvi foi “Sinto sua falta”, talvez eu estivesse falando aquilo. Queria tanto voltar no tempo e mudar aquilo, salvar eles, ele.

Será que todo aquele amor que um dia senti tinha valido a pena?
Ao menos amei e fui amada, nunca o esquecerei pois ele me marcou, mudou minha vida quando apareceu num dia claro de verão e esvaziou minha alma quando se foi num dia frio e quieto levando consigo 23 amigos meus.

Dizem que o amor salva, esse só feriu. Talvez a culpa fosse minha, ou talvez estivesse no nosso destino aquele fim."
— Vanessa Silva

Bom, é isso. Quero muito a opinião de vocês sobre ISSO tudo e se querem que eu continue ou não. Beijos e até mais.

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